Terminara, enfim, a época balnear e parecia que só ele ficara. Lá dentro, atarefadas criadas arrumavam camas agora inúteis, toalhas para a próxima estação. No pátio, o velho porteiro, lavava, silencioso, o chão à mangueira. Uma brisa fria, sentidamente marítima, salgada, áspera, agitava as copas das palmeiras na esplanada vazia. Sozinho, confundia o quarto com a casa, um momento com uma vida. Descobriu o que é ser hóspede, a meia-pensão. Hoje restava-lhe aquele livro, não o que lia, mas o que não conseguia escrever.