sábado, 25 de agosto de 2007
Resultado zero
domingo, 19 de agosto de 2007
A renovação do ser
sábado, 18 de agosto de 2007
Leituras iniciáticas
Acho que já me queixei aqui disto: a Livaria Bertrand, que terá os direitos autorais do Aquilino Ribeiro ,deixou esgotar grande parte das suas obras, sem as reeditar. A mesma Bertrand, que editou em vida o Vergílio Ferreira, praticamente já só vende do Vergílio Ferreira a «Aparição», que passou, coitado dele, à maldição compulsiva de livro escolar.
Claro que os editores não são beneméritos da Pátria, mas estes livros não deveriam ser daqueles que deveriam fazer parte de um acervo de obras obrigatórias que o Ministério da Cultura tornasse inesgotáveis?
Lembrei-me disto porque ontem um artista plástico, filho e neto de bibliófilos, me falava, com enlevo, nas várias primeiras edições que havia em sua casa, entre elas uma obra extraordinária do Camilo Castelo Branco, o «Frei Luís de Sousa».
Não me ri porque me apeteceu chorar. Razão teve o Camilo para dar um tiro na cabeça!
Hoje na FNAC uma bem arranjadinha senhora, daquelas de malinha e gargantilha, que educou filhos e toma agora conta dos netos quando os pais vão ao cinema ou se divorciam, ou em ambas as circunstâncias, folheava, pausada e deliciada, a secção de literatura erótica. Nunca é tarde para se aprender, de facto. Afastei-me, discreto, deixando-a no deleite daquela iniciação ao tempo que lhe resta com o corpo que lhe sobra.
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
Um instante
quinta-feira, 16 de agosto de 2007
O Príncipe, de comboio
Cheguei agora, ao Hotel da Estação, e cruzei-me na recepção com o revisor e o maquinista, que vão também pernoitar por aqui. Qualquer dia eu e a CP somos uma família e ainda passamos a Consoada juntos.
Instalado, vim aqui ao meu bloco de notas, deixar um apontamento do que li ferroviariamente.
Maquiavel quiz dedicar a obra a Juliano de Médicis, que teria na altura 25 anos. Só que este magnífico florentino morreria inesperadamente e o livro seria dedicado a Lourenço de Medicis, duque de Urbino, O Magnífico, que por sua vez morreria, jovem também, em 1519, sem poder concretizar os conselhos que assim recebia.
É por isso patético o momento em que, no capítulo 26, exortando o jovem a que cumpra o espírito italiano e trate da redenção da sua terra e a liberte «das mãos dos bárbaros», lhe lembra que «Deus não deseja tudo fazer, para não vos tolher o livre arbítrio e o quinhão de glória que soubermos merecer».
Tinha razão: Deus, não desejando tudo fazer, encarregou a morte do que tinha de ser feito.
sábado, 11 de agosto de 2007
A piedade de Deus
quarta-feira, 8 de agosto de 2007
O vácuo
terça-feira, 7 de agosto de 2007
Livros idos
Vem isto no site da Biblioteca Nacional, a propósito de uma exposição documental sobre Jorge Dias. Até 4 de Setembro. Não me devolverão os meus livros, nem me atrevo a pedi-los. Irei matar saudades deles e da falta que me faz a ideia de os ter.