Escrevendo da Rua de Buarcos na Figueira da Foz, em 16 de Agosto de 1937, para José Régio, Vitorino Nemésio dava-lhe conta: «(...) eu, há três anos, não sou senhor de mim nem do meu tempo. Disponho dele a medo e sempre com remorsos de o não dar à preparação e cogitação dos meios de não ser esmagado pelos mochos universitários, em cuja companhia infelizmente me meti, e que alegam aos menos desconfiados que eu não sou inteiramente mocho - puro pretexto para me correrem do bando». Fui ler esta carta que vem na Obra Completa de Régio, que a Imprensa Nacional está a editar, talvez por não estar em férias.