Abriu uma secção na revista Modas Bordados, de Maria Lamas, a que chamou Vida Feminina. Depois dedicou-se à escrita doméstica e social. Um dos seus livros mais famosos chama-se Saber Viver. Em 1944 já ia na 5ª edição. Como o esclarece o sub-título, são «regras de etiqueta». Assinava como Baronesa X. Chamava-se Adelaide Bramão, mulher de Alberto Allen Pereira de Sequeira Bramão.
Há um perfume de aristocracia como toque de finesse: «A Condessa de Marval atravessava, vagarosamente os salões, para se certificar de que tudo estava em ordem. Recebia nessa tarde as suas amigas. As festas que dava tinham sempre um cunho de distinção, presididas pela sua alta competência de requintada artista, a que juntava ainda as grandes qualidades intelectuais», assim abre o capítulo intititulado «um chá de tarde, preparativos para a festa».
Sob a forma de um diálogo romanceado, citando, entre tantos, Lamartine e Montaigne, são conselhos para saber estar. Um homem não deve entregar a uma senhora um bilhete de visita que indique o seu título social; «esses são reservados para as relações entre homens», ensina a Baronesa que, na quinta edição viu o texto ajustado em «um ou outro ponto em que a instabilidade social modificou esta ou aquela forma de cortesia».