Esta manhã acordei com a frase do Alexandre O'Neill na cabeça: «num país de poetas que não lê os poetas». É um ecrito que está publicado na colectânea editada em 2008 pela Assírio & Alvim e onde se diz mais adiante na forma de pergunta: «não passará, afinal, a poesia de um absurdo vício, de um roer-unhas, de um falar-só sem destino como o monologar dos tolinhos?».
Para muitos O'Neill, que viveu da publicidade ou melhor na publicidade, é apenas um construtor de frases, algumas nas agências de anúncios, outras em Literatura.
Quanto às primeiras houve momentos de génio como a célebre - que obviamente não passou - «num colchão sumauma não se dá apenas uma» - quanto às Letras acho que há instantes de genialidade. Pena estes serem fugazes repentes de uma escrita vagabunda.
P. S. O título deste post é uma dessas suas frases, refere-se a quantos, da autoria à crítica, se julgam o número ímpar, o um e único.