Jesué Pinharanda Gomes apaixonou-se pela obra de Dalila Lello Pereira da Costa - o seu primeiro livro assinou-o como Dalila L. Pereira da Costa - quando lhe visitou o livro O Esoterismo de Fernando Pessoa e disso fez uma crónica que publicou em 29 de Outubro de 1971 no jornal Época, que Manuel Anselmo fundara, num suplemento cultural que Jasmins Pereira dirigia. Mas foi a sua recensão ao livro Os Jardins da Alvorada que me comoveu. Publicada no jornal Pátria - outro que não vingou - em 1981 considerou-o «livro impassível de juízo, por não ser livro nem literatura; também não será excatamente poesia, nem rigorosamente profecia; como não é poesia nem prosa». «Ignoramos que livro é este - se acaso é livro», acrescenta», em genial intuição.
Estou com ela por companhia na sondagem do ser, em apelo à intrepidez e lucidez, em expectativa tensa de uma brilhante noite de sol.
Li tudo esta manhã. O artigo nos materiais do colóquio Dalila Pereira da Costa e as Raízes Matriciais da Pátria. Editado pela Fundação Lusíada. Com um desenho de Margarida Cepêda. Um quadro seu ilustra este postal.