Às vezes uma pessoa estende a mão e lê qualquer coisa que esteja exactamente à distância do braço. Isso quando se tem a certeza que se encontra à mão o que se gosta e o objecto do desejo errático é o querido certo. Foi precisamente assim e apareceu-me La Invención de Morel de Adolfo Bioy Casares que diz na capa ser «una extraña historia de amor protagonizada por un hombre y una mujer que viven existencias incompatibles en espacios y tempos rivales». A narrativa centra-se neste momento final que é o princípio e aliás toda a história: «acostumbrado a ver una vida que se repite encontro la mía irreparablemente casual».