Comprei-o na Feira do Livro. É o fac-simile do livro Batalha de Flores, de António Ferro, publicado no Rio de Janeiro em 1923. Obra prefaciada por seu filho António Quadros.
São crónicas e são histórias. Uma escrita refinada, irónica, por vezes desconcertante. «Detesto os livros obsesos, ventrudos, impenetráveis, cerrados, não se abrindo para ninguém, sempre metidos consigo. Adoro os livros delgados, elegantes, esguios que convivem comnosco que uma hora depois de apresentados, já nos têm contado o seu passado, o seu presente, o seu futuro». Começa assim o escrito O Meu Poeta.
O homem que proclamou que a Arte moderna é uma «Arte de relâmpago», uma Arte que «estabelece telegrafia com as almas», foi no seu tempo um avançado. De si disse: «eu só tenho a coerência da incoerência. Ser incoerente é ser diverso».