Sente-se de Almada Negreiros a toada heróica, o ritmo do rufar do tambor; de Pessoa aquele volante marítimo dentro de mim que é destino e viagem, de Botto quase a confidência exilada.
É poesia militante, e o nome do poema o diz: "Manifesto".
É clamor. Necessário. Actual. Absolutamente nosso. Vindo do sul.
Fernando Cabrita surpreende, mesmo quando assume a persona alheia para a gramática do seu poema.
«Fim aos irritos a dar-se ares de imprescindíveis», grita!. «Um grito é sempre um grito».
Parabéns ao poeta, os punhos cerrados, a alma irada, enfrentando o prosaico Portugal com a melhor Poesia portuguesa.