Li tanto do Vergílio Ferreira, da ficção à ensaística. Dei comigo a pensar que o conheço, ao seu pequeno mundo, a casa em Fontanelas, à tábua que colocava em cima dos joelhos para escrever, aos acessos de mau humor e à sua interminável Conta Corrente. Sobretudo na sua infância.
Hoje levaram-me, porém, de passeio ao desconhecido, à Vila Josephine, situada em Melo, concelho de Gouveia, lugar da sua origem.
Li as obras onde a referência à sua existência está presente e, afinal, não a reconheci. Imaginava-a pedregosa, sombria, nocturna. Hoje surgiu-me no esplendor do Sol, esfumava-se o dia.
Voltarei à Aparição assim como ao Para Sempre para me reencontrar com a sua realidade tangível. Hoje surgiu-me na reconstrução da poética.