Em tempos tive um blog a que chamei «O Mundo em Gavetas». Num repente, apaguei-o. Graças à amizade, recuperou-se um cópia. Seria ridículo que, arrependido do acto, o repusesse no ar: tal como as emissões de rádio, que se perdem no éter, a escrita desvanece-se no espaço sideral dos afectos. Mas aqui e além surgirão alguns dos seus momentos: não pelo que significaram então, mas pelo que simbolizam hoje, poeira cósmica no mundo do sentir.