De novo o Ruben A., agora a peça de teatro Júlia que publicou em 1960. Inspira-se no The Cocktail Party de T. S. Eliot, que traduziria. Não é um extraordinário texto, mas tem ironia suficiente para ser inteligente. Há crítica nos diálogos, alguma por pura descrição desse «mundo dissonante», como neste trecho exemplar, de conversa banal enquanto se joga canasta numa tarde de domingo, sem convicção: «Esta semana não queremos deixar de ir ver a fita que vai no Tivoli. Toda a gente fala. É uma fita que vale a pena ver. Estamos atrasados. Se nos apanham, sem termos visto essa fita, julgam que não fazemos nada».