Sentava-se atrás de mim no anfiteatro três. Deu em cineasta como eu dei em advogado e outros em tanta outra coisa. Nele vê-se que é um dom. No Cénico de Direito foi o Senhor Corvino na peça Volpone de Ben Johnson. Digo isto mas não vi a peça. Rodou o Amor e Dedinhos de Pé, que estreou em 1993. Não fui à estreia mas ele convidou-me. Fui hoje reparar esse erro. Numa das cenas, dono da casa, estava o Henrique Sena Fernandes. Tinha-o visto uns dias antes na mesma Cinemateca a falar com o Paulo Rocha sobre o Wenceslau de Moraes. Foi ele quem escreveu o livro. Não o li apesar de ter estado em Macau. Confesso a vergonha. Hei-de ler. Aos poucos um homem encontra-se consigo próprio. É esse o tema da narrativa contada em filme por Luís Fiipe Rocha. Magnificamente.