Acabei, enfim, a Alcateia do Carlos de Oliveira. É um livro brutal, que nos atinge com uma violência tão grande como a do Venâncio, saído da cadeia, acompanhado pelo Troncho, a exumarem em noite fatal o cádaver do Capula, traidor, só mesmo para o agredirem a murro, despejando nele sobre a forma de vingança a justiça por haver, a mesma justiça que os fizera sofrer na carne o longo cárcere e o degredo. Não há podridão do corpo que purgue as manchas da alma. É sobre essas que o livro se constrói no ignoto lugar de Corgos, afinal no lugar de cada um de nós.