Cansa ler sobre factos, sobre pessoas, é raro encontrar escritos sobre ideias. Por isso quando me assinalaram este sobre a fetichização da mudança não resisti. Vivemos um tempo em que a ideia do novo está na ordem do dia. Quer for pela intemporalidade, pelas instituições, pela memória colectiva, quer se guiar pelos arcanos, pela Tradição, está condenado às galés. Ser-se «progressista» passou a ser sinónimo e inteligência e bom coração. Claro que às vezes vai-se para pior. O perigo do novo sem sustentáculo no antigo e aceite é esse: cai por si.
A propósito da fotografia: Jacques Tati! Eis a capacidade genial de rir no mito do progresso.