O livro saíu postumamente. Não foi revisto pelo autor. Talvez por isso a edição esteja cheia de gralhas e de erros e mesmo de palavras incompreensíveis. Se a ideia foi publicá-lo tal qual o manuscrito, isso merecia aviso. Mas aviso não há. Nem no-lo diz o prefácio de José Palla e Carmo, prefácio que por sinal vem no fim, onde se alerta para o facto de o autor considerar que esta é a sua melhor obra, mesmo depois de ter escrito a Torre de Barbela.
O livro é soberbo, pela ironia, pelo paradoxo, pelo magistral modo de dizer: «o cheiro bafiava, a respiração ofegava, o suor pivetava».
Ruben A.inventava palavras, mas não inventava realidades. Com ele a realidade é a Literatura. O Kaos é «uma procura no dentro de um de nós que é eu».