Encontrei um livro dele um destes dias. Não me lembro onde. Tenho muitos. Estive para comprar mas temi já ter e repetir, como sucede por vezes. Falam de arte, pintura sobretudo, e de música e ao mesmo tempo são literatura pura e tudo isso numa simbiose muito lúcida e densa. «Talvez, pensei, o calor assim em bruto, atenuasse o nosso comum horror ao verão e a temperatura funcionasse como uma vacina», escreveu no conto "No Verão é Melhor um Conto Triste».
Faz sentido hoje porque se sufoca.
João Miguel Fernandes Jorge é difícil, pela inteligência com que diz, pela cultura que o leva a dizer. Caminha-se com ele como por corredores de refinamento e categoria. Refresca o espírito. Estão 38 graus aqui na rua.