Há quanto tempo não lia. Nem os livros que estão para acabar de ler, nem os que mandei vir para começar a ler, nem sequer aqueles que sei não serei capaz de ler. Nada. Só leitura forçada, funcionária. Trapo!
Hoje voltei ao ritual. Levei comigo para a cafetaria da Gulbenkian o Londres e Companhia do Luís Amorim de Sousa. Já aqui falei dele, autor, a propósito do Alberto Lacerda, que «desencantou» o título. Fantástico verbo «desencantar» querendo dizer descobrir, "desenrascar" essa virtude tipiciamente portuguesa.
Observando-os, aos ingleses, perdidos no meio do fog, à chuva, ao frio e ao vento, comenta o autor: «e estes tarados com a mania do ar livre. Isto é uma tara! Isto é uma aberração».
Lido isto voltei para casa porque o tempo está feio e ameaça chover.