Fui buscá-lo, com saudades, porque há tanto tempo que o tinha deixado. Como sublinho quando leio, foi-me fácil retomar, mas percebi que tinha de reatar o fio à meada. Não que na ficção história interesse assim tanto, mais importa o modo de contá-la, mas eu não encontrava outra forma de saber quem era o Edmundo com quem o Sérgio falava e tinha anotado a lápis que o Flávio era o narrador. Aqui estou de novo com a Promessa o romance inédito do Vergílio Ferreira. Noto que os meus olhos estão piores de tantas horas de computador. Esforço-me por ler e leio e maravilho-me. Terminei o capítulo quinto. Tinha ido à rua apanhar sol e vim iluminado de Literatura: «devemos ir sempre mais longe até onde já não entendamos, pressentindo, todavia, que ainda se pode continuar a explicar».