Há no Monte Estoril um Museu da Música Portuguesa. Fica numa casa que Raul Lino desenhou. A bem dizer é mais um arquivo sonoro e de documentação do que um museu. Expostos estão alguns instrumentos musicais que faziam parte da colecção de Michel Giacometti. Poucos. E pouco mais. A casa recebeu também o espólio de Fernando Lopes Graça, mas dele pouco está exposto.
Há em Cascais um casa que inicialmente era a Torre de São Patrício e hoje se chama Verdades Faria em homenagem à mulher de Mantero Belard, seu proprietário, pois adquiriu-a em 1942 e benemérito, porque a doou ao município para que ali continuasse a promoção cultural.
Há em Cascais um casa que inicialmente era a Torre de São Patrício e hoje se chama Verdades Faria em homenagem à mulher de Mantero Belard, seu proprietário, pois adquiriu-a em 1942 e benemérito, porque a doou ao município para que ali continuasse a promoção cultural.
Visitei-a.
Ora há na Biblioteca de Arte da Fundação Gulbenkian, junto a minha casa, o projecto pelo qual em 1919 Raul Lino projectou a «reconstrução da casa do Exmo. Senhor Jorge O'Neill», que era a edificação original da casa de Verdades Faria.
Ora há na Biblioteca de Arte da Fundação Gulbenkian, junto a minha casa, o projecto pelo qual em 1919 Raul Lino projectou a «reconstrução da casa do Exmo. Senhor Jorge O'Neill», que era a edificação original da casa de Verdades Faria.
Há pois entre a casa em que vivo e a casa que visitei a distância entre o estar e o ir, entre a necessidade estática de um lugar e a satisfação remexida de uma ideia.