O folheto intitulava-se Missões de Angola e Congo. O exemplar que encontrei já era o n.º 5 do ano XXI, 1941. Tinha redacção no Porto na Rua Nova do Regado, 250. Era seu Director e Editor o Padre José Maria Figueiredo. Encontrei-o hoje também no meu passeio entre alfarrábios.
Neste número abria com carta de D. Moysés Alves de Pinho. Mas o interessante achei-o já quase a findar o breve e agora amarelecido fólio, uma outra carta do referido cura dirigida aos seus leitores a propósito da Associação de Nossa Senhora de África, para a «conversão dos pretos» e da actividades dos seus «zeladores». Noticiava-se a inscrição do menino Manuel Simões Delfino, de Faro; e mais se relatava a infrene acção da menina Maria Manuela Branco Rezende, que mau grado a sua jovem idade de 12 anos, criara um centro onde congregara 27 associados e levara uma outra companheira, a menina Maria Emília Amorim Mendes da Silva Matos, a abrir centro também, mas em Vila Nova de Gaia.
Curioso, a propósito, o queixume que, sob o título «Miséria Dourada», o Boletim exarava na página dedicada ao Noticiário das Missões: «(...) o número de sacerdotes em todo o território português de África (Angola, Moçambique, Cabo Verde e Guiné) é de 274». Por contraste, segundo a mesma notícia, só a Arquidiocese de Braga contava com...872 (620 párocos) seculares, sem contar com os religiosos que ali trabalham». Elucidativo.