quinta-feira, 23 de março de 2006
A terra do nunca
Hoje, como que a demonstrar que chegou a primavera, largou a chover a voltou o frio. Outro dia alguém me disse que ia mudar a hora. Há algum tempo mudou o século. Pergunto-me, pasmado neste mundo de mudança, se não se poderá manter qualquer das coisas que fluem, nesse vogar do nunca para o sempre. Interrompia-se, por exemplo, aquele minuto de ilusão, em que aos dezoito anos eu escrevia versos silenciosos. Ficávamos por aí; nada mais haveria para dizer, ou sequer a quem.