«Quem tem as flores não precisa de Deus. É uma frase que Alberto Caeiro não aproveitou para o seu poema «O Guardador de Rebanhos». A Biblioteca Nacional recuperou-a agora, perfumada e viçosamente, para todos nós.
Livros, ideias, sentimentos
Este blog, surgido em 2009, começou por ser, como então escrevi sobre «papéis velhos, livros antigos, não necessariamente a encadernação em carneira ou a raríssima primeira edição. Bibliotecas destroçadas pelas heranças e suas partilhas, restos de colecção e seus "monos" invendáveis, preciosidades compradas a peso. Livros que não foram reimpressos, que por milagre escaparam da morte pela guilhotina. Livros que o tempo amareleceu, que mão anónimas folhearam, que tiveram em tempo companhia. São o que espero um dia alguém conserve.»
Depois, acrescentei que seria também sobre «livros novos, universais porque intemporais. Livros que o mercado mal conhece, remetendo-os, breve, ao esquecimento.».
Enfim, hoje decidi-me, será um blog destinado ao que tenho lido. Importei 376 mensagens de um outro blog, nascido naquele mesmo ano, a que chamei - usando um nome literário de que em tempos me socorri, parte afinal do meu próprio nome, António Rebelo da Silva e que se encontra aqui - onde arquivava notas sobre o que vinha lendo.
Ficou, em suma, a casa arrumada.
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Hoje, 9 de Fevereiro de 2018, anuncio uma coabitação. Adriana Barreiros, minha filha, que se estreou na poesia com o livro Ser humano é uma coisa pessoal [ver aqui], aqui se junta com as suas ávidas leituras e a sua refinada sensibilidade.
José António Barreiros