quinta-feira, 1 de março de 2007
De que cor é sentir?
Interrompi de novo a leitura do livro sobre O'Neill, porque vi, já tardiamente, um livro com cartas do Fernando Pessoa, escritas entre 1916 e 1925. São textos breves, dos que se lêm antes de adormecer e que por vezes nos tiram o sono. Logo a primeira, escrita a Mário de Sá-Carneiro, no dia 14 de Março, às nove horas e dez da noite: «estou num daqueles dias em que nunca tive futuro. Há um presente imóvel com um muro de angústia em torno». Eu nem sei o que diga quando leio esta imensão de ser numa frase só.