quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
Tiroteio editorial
Consegui creio que ontem, porque os dias e as noites já se me confundem na memória, e os feriados e as pontes ajudam à confusão, dar um salto a uma das FNAC's. De repente apercebi-me que o regicídio tinha desencadeado um torvelinho de livros, sobre os mortos e os seus matadores.
Ao cruzar-me pelo escaparate das novidades quase ribombavam os ecos da carabina Winchester 1907 do Buiça e da pistola Browning calibre 7.65 do Costa, mais a fuzilaria da Guarda Municipal.
No panorama editorial as efemérides são um negócio a prazo, os escritores a esgravatarem com um olho no calendário. Hoje felizmente estive trancado a trabalhar quando não levava com os sermões do Padre António Vieiria e com os que nele descobriram o visionário de um mundo por haver. Passava, qual duche escocês, do jacobinismo ao jesuitismo ao virar de uma estante.