domingo, 24 de agosto de 2008
Os amantes
Dizem que os editores não gostam que os autores se viciem em contos. Têm talvez a ideia de que estão a dizer concentradamente o que podiam engrossar num livro, diluindo-o.
Num conto talvez seja tudo mais rápido, mais intenso, mais breve, como um beijo numa noite de chegada por contraposição a uma noite de amor na hora da despedida.
Vem isto a propósito do último parágrafo de um conto de David Mourão-Ferreira, chamado Os Amantes, escrito em 1968: «E finalmente deito-me a teu lado. Não sei bem se a teu lado se dentro de ti».
Vi-o esta manhã, por ser capa do livro que comprei ontem. Lê-lo-ei esta noite. Acabei agora, com a noite a chegar, o primeiro dos contos, onde está: «É preciso inventar? Ou contar a verdade? Só o que invento me comove; só a verdade te emociona. Temos então de deitar à sorte: ainda não sei qual de nós merece agora reaprender a chorar». Chama-se Nem Tudo É História. Uma única e a mesma história.
Num conto talvez seja tudo mais rápido, mais intenso, mais breve, como um beijo numa noite de chegada por contraposição a uma noite de amor na hora da despedida.
Vem isto a propósito do último parágrafo de um conto de David Mourão-Ferreira, chamado Os Amantes, escrito em 1968: «E finalmente deito-me a teu lado. Não sei bem se a teu lado se dentro de ti».
Vi-o esta manhã, por ser capa do livro que comprei ontem. Lê-lo-ei esta noite. Acabei agora, com a noite a chegar, o primeiro dos contos, onde está: «É preciso inventar? Ou contar a verdade? Só o que invento me comove; só a verdade te emociona. Temos então de deitar à sorte: ainda não sei qual de nós merece agora reaprender a chorar». Chama-se Nem Tudo É História. Uma única e a mesma história.