sábado, 24 de dezembro de 2005
Os limites da compreensão
Interceptou-me na rua e disse-me que representava o senso comum, tal como John Locke. Eu sei que é inesperado ser-se interrompido numa rua, invulgar quando isso acontece numa noite de Natal, excepcional para nos virem falar no senso comum, caso único quando é alguém que se diz idêntico a John Locke. Locke nasceum em 1632. Um dos pontos nevrálgicos do seu contributo para a filosofia foi a compreensão dos limites do entendimento humano. Eis precisamente com o que me confrontei esta noite, a minha incapacidade de pereceber o que se passava com esta mulher, mesmo em termos de senso comum. Ouvimo-nos e sem que nos tivéssemos entendido, mutuamente nos desejámos um Bom Natal.