sábado, 20 de maio de 2006
O reduto último
Esta noite não ouvi os pássaros que cantam por aqui em frente pelas quatro da manhã. Foi uma noite sem pássaros e sem canto, sem gorgeios e sem piares. Esta noite não vi outra coisa mas só a escuridão do dormir, onde nada se ouve e onde nada nos dizem. É o reduto íntimo último da nossa privacidade, dormimos connosco na ilusão da companhia.