quarta-feira, 1 de fevereiro de 2006

A mosca tsé-tsé!

Eu tinha a angústia dos que pensam que, ao dormirem oito horas por dia, passam um terço da sua vida a dormir. Mas ontem, antes de adormecer, ainda consegui ler num momento uma crónica que o Miguel Esteves Cardoso arquivou no seu livro «Os meus problemas». O essencial do argumento é que nada se faz enquanto se dorme, donde só se vive enquanto se está acordado. Ora como o tempo do nada é tempo a descontar nos anos de vida, quem não falhar as suas oito horas diárias de soninho reparador, ao chegar aos sessenta anos, afinal, só tem quarenta. Claro que, nisto, com as minhas madrugadas de trabalho e as minhas noitadas de leitura, eu já não vou a tempo de resolver o problema. Mas se me deitasse agora e acordasse em 2034 talvez ainda conseguisse viver mais uns anos e com melhor aparência e sobretudo melhor disposição!