sábado, 11 de fevereiro de 2006
Um sábado de cores
Mário Cáudio encerrou com «Gémeos» a trilogia que iniciara com «Ursa Maior». O livro já tem três anos, vai na segunda edição, só agora dei com ele e com uma sua personagem, estalajadeira, companhia talvez, mas «fechada à inteligência daquilo que tamanho sofrimento causava em mim». É o livro, tal como no seu «Amadeo», o de um obsessivo, ansioso por escrever a biografia alheia, a de um pintor. Vive, assim, ilusório, aos ziguezagues, em desatinados pinchos, num desnorte infantil. Esquece a negritude e o cinzento, por isso, mal fala de si.