quarta-feira, 17 de setembro de 2008
O construtor Solness
A peça é do Henrik Ibsen, um monólogo, uma hora e meia em palco. Só um artista de excepção resiste, ao esforço de memória, os nervos em pressão constante. No caso a personagem muda de idade, de mentalidade e de ideologia, de sexo até.
Beatriz Batarda é, de facto, extraordinária. Recebe-nos sentada na borda do balco, uma perna pendente, como se a marcar o tempo que falta. Extasia-se em emoção como um grito de dor qual sirene atroando os ares a anunciar a guerra de extermínio. Foi no Teatro Cornucópia. Há meses que não saía. Regressei a casa magoado de beleza.
Beatriz Batarda é, de facto, extraordinária. Recebe-nos sentada na borda do balco, uma perna pendente, como se a marcar o tempo que falta. Extasia-se em emoção como um grito de dor qual sirene atroando os ares a anunciar a guerra de extermínio. Foi no Teatro Cornucópia. Há meses que não saía. Regressei a casa magoado de beleza.