segunda-feira, 18 de julho de 2005
A erradicação do erro
Ler e esquecer o que se leu. Pensar num livro e nem sequer fazer ideia de como é. E, no entanto, tomá-lo nas mãos e, ao virar de umas folhas, recuperá-lo todo, na memória e nos sentimentos. Foi assim esta manhã, com o «Físico Prodigioso». Havia-o, lido linha a linha, e numa delas sublinhara a estranha expressão, de que aqueles homens «idosos e alquebrados pelo estudo, os jejuns, e as vigílias dedicadas à erradicação dos erros demoníacos, iam não sendo os mesmos». Amanhã tê-la-ei esquecido, à frase; hoje, perplexo por ela, nem faço ideia como é.