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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
O milagre da multiplicação dos peixes
Viver debaixo do mar só deve ser bom quando se vê o céu. Claro que para os peixes o céu é o tecto onde a água se lhes acaba. O reflexo que as nuvens ali projecta deve parecer-lhes uma imagem sem realidade, por isso sumamente bela. Se houver um arco-íris aquático, acredito na refracção da luz como se acredita nos milagres, do anil ao violeta.
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Personagens
A universalidade da ideia de contar uma história possível chama-se ficção. A particularidade que faz ver na possibilidade dessa história uma realidade chama-se vida. No fundo é assim. Vivemos todos os dias uma vontade de que as coisas sucedam de modo imaginário. Quando, ante o sucedido, a alma nos sorri, chamamos a isso felicidade. Quando se nos esgota a imaginação, e já nada se recria, os outros julgam que morremos. Para tornar isso verdadeiro, fechamos os olhos e entramos em rigidez cadavérica. Nos registos oficiais abatem-nos ao efectivo. No círculo dos sentimentos privados vão ocupando o nosso lugar com outros frutos da invenção. Há os que deixam livros de memórias, forma de escaparem à menoridade através da grandiloquência. Outros ficam soterrados como personagens de histórias indecentes, forma de se rirem todos da moralidade e suas maçadorias. No meio disto há os que contam. Por eles, lágrimas de saudades imediatas, lembranças risonhas, a paz enfim de renascerem, inesperados, nos nossos corações.
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
O mundo maravilhado
Passam-se os anos, interiormente séculos, quase uma vida se esvai e de súbito, num comboio que termina a sua marcha encontram-se no sorriso da indesmentível alegria de se reverem Ela mirava-o eternecida, acanhada, ele sentiu, ao surpreendê-la, o rufar da alegria no seu interior em festa. Pelos vistos há demasiado tempo que se tinham perdido. Seguiram cada um para o seu lado. Ao perdê-los de vista, carregando as minhas malas, revivi com eles a incontrolável força do gostar. A minha alma, sorriu-se melancólica à ideia, a vida real interrompida por aquele instante de sonho. Estarão hoje remoendo o seu passado perdido, talvez a dificuldade do seu presente, Naquele segundo, porém, todo o mundo parou, maravilhado para lhes dar espaço e tempo de uma vida por viver.
quarta-feira, 3 de outubro de 2007
Tempo presente
O «blogger» permite fazer o que vou fazer: atrasar o tempo, fazendo com que estas palavras tivessem sido escritas antes da hora em que a Cinderela perde o sapato de cristal.
Faço isso para ficar feliz com a ilusão de que consigo pensar todos os dias, quando há dias em que, robotizado, nem tempo para isso há, e faço isso para que pareça que tenho, como espaço, todo o tempo do mundo.
Claro que há a aparência de verdade de já passarem sete minutos da meia-noite e o desespero de eu estar em Braga, com lembranças de Braga e saudades de Lisboa. Dentro de segundos, graças ao blogger torno o passado presente, como quem empurra para longe de si o tempo futuro.
Faço isso para ficar feliz com a ilusão de que consigo pensar todos os dias, quando há dias em que, robotizado, nem tempo para isso há, e faço isso para que pareça que tenho, como espaço, todo o tempo do mundo.
Claro que há a aparência de verdade de já passarem sete minutos da meia-noite e o desespero de eu estar em Braga, com lembranças de Braga e saudades de Lisboa. Dentro de segundos, graças ao blogger torno o passado presente, como quem empurra para longe de si o tempo futuro.
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