Um Japão moderno, utilitário, feito de electrodomésticos e de outras tantas impaciências contemporâneas, irrompe aqui continuamente, para ser imperceptivelmente absorvido, diluindo-se o feio na comovente beleza do cenário interior em que tudo se move. No fim, a assinalar-nos o eterno retorno da vida que vai, o mar. Até lá apenas uma borboleta amarela, a simbólica alma que a memória faz renascer. Se ainda vai ao cinema, não perca.
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terça-feira, 27 de outubro de 2009
Still Walking, de Hirokazu Kore-eda
«Esta é um típica família disfuncional unida pelo amor, por ressentimentos e segredos», diz aquele horrível anúncio, prático e sociológico, desalmado, mas está aqui o trailer para sugerir que há mais poética no filme do que por vezes resulta da boçal prosa que o anuncia. Realizado por Hirokazu Kore-eda, é um momento magnífico sobre a universalidade dos sentimentos e dos ressentimentos, sobre a mesquinhez da vida e sobre a grandeza de vivê-la.
Um Japão moderno, utilitário, feito de electrodomésticos e de outras tantas impaciências contemporâneas, irrompe aqui continuamente, para ser imperceptivelmente absorvido, diluindo-se o feio na comovente beleza do cenário interior em que tudo se move. No fim, a assinalar-nos o eterno retorno da vida que vai, o mar. Até lá apenas uma borboleta amarela, a simbólica alma que a memória faz renascer. Se ainda vai ao cinema, não perca.
Um Japão moderno, utilitário, feito de electrodomésticos e de outras tantas impaciências contemporâneas, irrompe aqui continuamente, para ser imperceptivelmente absorvido, diluindo-se o feio na comovente beleza do cenário interior em que tudo se move. No fim, a assinalar-nos o eterno retorno da vida que vai, o mar. Até lá apenas uma borboleta amarela, a simbólica alma que a memória faz renascer. Se ainda vai ao cinema, não perca.
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