domingo, 7 de agosto de 2005
O perfume da escrita
Há quem tenha tanto para escrever que mal tenha tempo para ler. Aqui o problema é outro, é antes o ter tanto tempo para tanta coisa que não se tem tempo para nenhuma. Penso no que devia escrever quando leio, e no que deveria estar a ler, quando escrevo. Depois há o pior suplício, o ter de ler o que se escreve. Numa coisa a natureza dos odores ajuda: ao próprio não lhe chegam os maus cheiros das suas fezes. Daí que nem se dê por ela.