terça-feira, 11 de agosto de 2009
A Tragédia do Glória Scott, de Arthur Connan Doyle
O que nos leva a ler um livro? Seguramente o tê-lo à mão.
Ora eu tenho a obra creio que completa em livros de bolso e dois belos tomos encadernados que um dia encontrei em Inglaterra e com que vim ajoujado quase a ter de pagar excesso de carga, a mala já carregada com outros livros. Mas devo ao facto de o Diário de Notícias estar a distribuir gratuitamente livrinhos com as histórias de Sherlock Holmes a possibilidade de o ter lido. Vinham com o jornal da manhã. Calhou esta tarde. A narrativa era breve, como todas, simples como é o estilo de (Sir) Arthur Conan Doyle, cuja complexidade espiritualista e filosófica não passa para a escrita. Acabei há minutos, aproveitando um intervalo, A Tragédia do Glória Scott: um juiz de paz perseguido pelos remorsos de um passado criminoso, de matança e roubo, recebe a visita da sua má consciência. O método dedutivo entra em acção e Watson escuta, da boca do próprio Holmes, os prodigiosos efeitos da inteligência. No meio da trama, surge, ao bom estilo de Edgar Poe, um misterioso bilhete, escrito em código: cada três palavras uma faz sentido. Saltando de três em três percebe-se a mensagem. Esotericamente está lá tudo.