«Dizias que gostavas de poemas.
«Escrevi-te, numa tarde, mais de cinco.
«São muito bonitos, disseste,
«hei de mostrá-los ao meu namorado.
«Nunca mais confiei nos versos
«nem no gosto feminil».
Livros, ideias, sentimentos
Este blog, surgido em 2009, começou por ser, como então escrevi sobre «papéis velhos, livros antigos, não necessariamente a encadernação em carneira ou a raríssima primeira edição. Bibliotecas destroçadas pelas heranças e suas partilhas, restos de colecção e seus "monos" invendáveis, preciosidades compradas a peso. Livros que não foram reimpressos, que por milagre escaparam da morte pela guilhotina. Livros que o tempo amareleceu, que mão anónimas folhearam, que tiveram em tempo companhia. São o que espero um dia alguém conserve.»
Depois, acrescentei que seria também sobre «livros novos, universais porque intemporais. Livros que o mercado mal conhece, remetendo-os, breve, ao esquecimento.».
Enfim, hoje decidi-me, será um blog destinado ao que tenho lido. Importei 376 mensagens de um outro blog, nascido naquele mesmo ano, a que chamei - usando um nome literário de que em tempos me socorri, parte afinal do meu próprio nome, António Rebelo da Silva e que se encontra aqui - onde arquivava notas sobre o que vinha lendo.
Ficou, em suma, a casa arrumada.
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Hoje, 9 de Fevereiro de 2018, anuncio uma coabitação. Adriana Barreiros, minha filha, que se estreou na poesia com o livro Ser humano é uma coisa pessoal [ver aqui], aqui se junta com as suas ávidas leituras e a sua refinada sensibilidade.
José António Barreiros