quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
A Mãe, de Brecht
A Mãe de Bertolt Brecht. Sem margem para ambiguidade, sem espaço para subtileza, sem escapatória para os sem partido. É o território da luta e da causa, do sacrifício e da bandeira.
É sobre a crença na virtude da mudança: o seguro não é seguro, como está não ficará.
Glorificação do proletariado, legitimação da revolução blochequive. Passada como testemunho, mobiliza. «A minha avó também esteve presa», dizia cá fora um jovem, explicando-se a uma extasiada companhia.
Vi-a representada pela Companhia de Teatro de Almada. No fim, a apoteose da militância, do trabalho, o triunfo da camaradagem.
Na sala não havia um lugar vazio. Se me perguntassem que me acompanhava diria: a consciência histórica do operariado, essa força universal em armas.
«O hoje nascerá do jamais».