Trouxe o Kropotkine, ainda da Guimarães, quase dado, mais um livro de orações nas várias religiões. Entre a bomba e a reza tem de haver uma salvação para o mundo.
Uma coisa notei: os livros de culinária rabiscados por celebridades do nosso tablado social aumentam. A ideia dos editores deve ser que deveremos gostar de comer o que eles comem. Até o Miguel Sousa Tavares dá cara a uma obra sobre paparoca ao lado de Dona Maria de Lurdes Modesto, esta por direito próprio.
Os tempos da "Geografia da Fome" já devem ter ido. Agora fome é ali mesmo, um pouco adiante daquela Feira do Livro na Gare do Oriente, os mendigos, vagabundos e sem abrigo para quem a literatura são os jornais em que se embrulham por causa do frio. As letras não são só gastronómicas, também caloríferas, pelos vistos.