sexta-feira, 15 de julho de 2005

Antenas parabólicas

Confesso que comecei a ler por alguém ter dito, por amabilidade, que a minha forma de escrever lhe lembrava a dele. Mas não me reconheço. Pior! Canso-me. A princípio ainda se multiplicavam as observações com significado e ricas de sentido, como a «a ciência é talvez a maior das artes», ou a «retina paspalheira da multidão inferior das esquinas», mas depois ou «A Estranha Morte do Prof. Antenas» começou a tornar-se uma novela policial barata, sem substância nem forma ou fui eu que comecei a já não ser capaz de tirar água filosófica das pedras literárias. O Mário de Sá Carneiro não tem culpa! Eu é que, com pouco tempo, ao decidir começar por este conto, que é de todos os que a Assírio & Alvim editou no volume «Céu em Fogo», um dos mais curtos, é que, se calhar, na ânsia de chegar ao fim, comecei pelo lado errado e, logo a meio, estava perdido. Enfim, antenas por antenas, a verdade é que não consigo captar nada! O programa segue, por isso, dentro de momentos...