quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Google books

Cada vez mais o acto de ler livros se torna longínquo. O Jorge Luis Borges dizia que não lia jornais precisamente porque eram escritos para serem esquecidos no dia seguinte. Agora com o espaço virtual começa a ser passado a sensação de sentir o papel arenoso e áspero na ponta dos dedos, a capa dura a dar segurança na mão sobre a solidez do escrito, o saco à saída da livraria a pesar no braço, o doer-nos o pescoço ao ler na cama.
É que há o Google que vai ao interior dos livros, pesquisando-os para o pequeno écran. Claro que com erros de risota. Leia este artigo e sorria. «To take Google's word for it, 1899 was a literary annus mirabilis, which saw the publication of Raymond Chandler's Killer in the Rain, The Portable Dorothy Parker, André Malraux's La Condition Humaine, Stephen King's Christine, The Complete Shorter Fiction of Virginia Woolf, Raymond Williams's Culture and Society 1780-1950, and Robert Shelton's biography of Bob Dylan, to name just a few».